Sentada no banco da praça, a velhinha solitária acenou, pedindo que me aproximasse. Ao me inclinar em sua direção, ouvi suas últimas palavras nesta terra:
- O segredo é usar uma colher de açúcar de baunilha e uma pitada de sal.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Confidências
Postado por Paulo César Nascimento às 23:38
Marcadores: Literatura, Minicontos
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6 comentários:
Paulo, não consegui apreender o sentido de seu post. Ou pelo menos acho que não. Mas, amei a ilustração. Comovente. Foi você quem a fez?
Que delícia de recado!!!!
O desenho é teu?
Saudades ao cubo agora...
Beijo
Gostei...recado sensacional e o desenho fico shown de bola.
Então vi ali no quem sou eu, que você é escritor e escreveu dois livros, gostaria de saber se você toparia, eu fazer uma promoção com um dos seus livros, para dar como prêmio? claro você ia avaliar as respostas e escolher a melhor delas para premiar com o seu livro.
meu blog é http://aquigeral.blogspot.com/
onde divulgo varias promoção e também crio algumas.
aguardo resposta.
Marlise: no tempo de minha avó, não havia essa quantidade de comida pronta, nem programas de fofocas. A mulherada se reunia pra fofocar ao vivo e lanchar, cada uma trazendo um prato que era sua especialidade. Algumas delas se recusavam a revelar seus segredinhos de cozinha para que ninguém preparasse aquele prato tão bem quanto elas. De um certo modo, esse segredo era algo como uma marca pessoal. Ao morrermos, morre conosco nossa história e nosso aprendizado, se não o passarmos a alguém. Passando o seu segredo adiante, de um certo modo parte da velhinha não morreria com ela. O problema é que ela se deu conta tarde demais, sozinha demais... O desenho não é meu e não encontrei os créditos. Bjs
Alline: se as saudades continuarem crescendo desse jeito, a única solução será matá-las. O desenho não é meu, mas devo postar algum pra matar sua curiosidade. Bjs
Alvinegro: aceito a proposta e agradeço o apoio. Mando o livro para você ou diretamente a quem vencer o concurso? Abraço
É Paulo, acho que grande parte das pessoas morrem na solidão, levando com elas seus segredos. Sem ninguém com quem compartilhar ou já não sabendo compartilhar. A vida é mesmo barra...
Maravilhoso, Paulo. Cada vez mais impressionada.
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